Neverland

Welcome to my Crazy Mind...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Deus existe??





Durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade de Berlim,desafiou seus alunos com esta pergunta:

“Deus existe?"

Um aluno respondeu valentemente:
- Sim !!!

O professor rebateu:

-Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau?...

O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz, se regozijava de ter provado mais uma vez que a fé era um mito.
Outro estudante levantou a mão e disse:
-Posso fazer uma pergunta, professor?
-Lógico!!! Foi a resposta do professor.

O jovem ficou de pé e perguntou:

-Professor, o frio existe?
-Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?...

O rapaz respondeu:
- De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é suscetível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia.O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor.

-E, existe a escuridão?
Continuou o estudante.
O professor respondeu: Existe !!!
O estudante respondeu:
-Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe.
A escuridão na realidade é a ausência de luz.A luz pode-se estudar,a escuridão não!

Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta,com suas diferentes longitudes de ondas.A escuridão não! Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz. Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim?Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente.

Finalmente, o jovem perguntou ao professor:
- Professor, o mal existe?

O professor respondeu: Claro que sim, lógico que existe, como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal.

E o estudante respondeu: O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus.Deus não criou o mal.

Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações. É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.

Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça permanecendo calado…

Imediatamente o diretor dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome?

E ele respondeu:ALBERT EINSTEIN.


domingo, 17 de outubro de 2010

Um sofista se aproximou de Tales de Mileto, um dos Sete Sábios da Grécia Antiga, e intentou confundi-lo com as perguntas mais difíceis. Porém o Sábio de Mileto esteve à altura da prova porque respondeu a todas as perguntas sem a menor vacilação e assim mesmo com a maior exatidão.
1 - Qual é a coisa mais antiga?
-- Deus, porque sempre tem existido.
2 - Qual é a coisa mais formosa?
-- O Universo, porque é obra de Deus. 
3 - Qual é a maior de todas as coisas?
-- O Espaço, porque contém todo o Criador. 
4 - Qual é a coisa mais constante?
-- A esperança, porque permanece no homem depois que haja perdido todo o mais. 
5 - Qual é a melhor de todas as coisas?
-- A Virtude, porque sem ela não existe nada de bom.
6 - Qual é a mais rápida de todas as coisas?
-- O Pensamento, porque em menos de um minuto pode voar até o final do Universo. 
7 - Qual é a mais forte de todas as coisas?
-- A Necessidade, porque faz com que o homem enfrente todos os perigos da vida. 
8 - Qual é a mais fácil de todas as coisas?
-- Dar conselhos.  
Porém, quando chegou à nona pergunta, nosso Sábio disse um paradoxo. Deu uma resposta que, estou seguro, não foi jamais entendida pelo mundano interlocutor, e que, para a maioria das pessoas terá um sentido superficial. A pergunta foi esta:
9 - Qual é a mais difícil de todas as coisas?
E o Sábio de Mileto replicou:
-- Conhecer a si mesmo.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O Pianista


 

Senta-se imita
o autor Os
holofotes douram-no
é a vítima
dos expansivos círculos do som

Em torno dele o som é como
um laço
Está sentado na margem do
teclado detendo com os braços
a força ameaçadora das águas

Gastão Cruz

Música e Dança são minha vida...
 
Ao tatear minhas notas conhecidas,
Verso e reverso fazes-me música,
Elevam-me os sussurros aos céus,
Extasiada com melodias diferentes,
Que compões no meu corpo piano.

Acaso do destino em estímulo,
Trocamos pedais em embaraço,
Traçamos lindas canções sensuais,
Que rompido o silêncio do desejo,
Ouço você tocar e cantar em mim...
 

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Verdade

Um dia, a Verdade andava visitando os homens sem roupas e sem adornos, tão
nua como o seu nome.E todos que a viam viravam-lhe as costas de vergonha
ou de medo e ninguém lhe dava as boas vindas.
Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, rejeitada e  desprezada.

Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava  alegremente, num traje belo e muito colorido.


- Verdade, por que estás tão abatida? - perguntou a Parábola.

- Porque devo ser muito feia já que os homens me evitam tanto!

- Que disparate! - riu a Parábola - não é por isso que os homens te evitam.

Toma, veste algumas das minhas roupas e vê o que acontece.

Então a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola e, de repente,
por  toda à parte onde passa era bem-vinda.
- Pois os homens não gostam de encarar a Verdade nua;  eles a preferem disfarçada.

domingo, 5 de setembro de 2010

A ÁGUIA E A GALINHA

Esta é uma história que vem de um pequeno país da África Ocidental, Gana, narrada por um educador popular, James Aggrey, nos inícios deste século, quando se davam os embates pela descolonização.




"Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro, a fim de mantê-lo cativo em casa. Conseguiu pegar um filhote de águia.
Colocou-o no galinheiro junto às galinhas. Cresceu como uma galinha.
Depois de cinco anos, esse homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista.
Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
- Esse pássaro aí não é uma galinha. É uma águia.
- De fato, disse o homem.- É uma águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais águia. É uma galinha como as outras.
- Não, retrucou o naturalista.- Ela é e será sempre uma águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
- Não, insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e, desafiando-a, disse:
- Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!
A águia ficou sentada sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.
O camponês comentou:
- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
- Não, tornou a insistir o naturalista. - Ela é uma águia. E uma águia sempre será uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa.
Sussurrou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!
Mas, quando a águia viu lá embaixo as galinhas ciscando o chão, pulou e foi parar junto delas.
O camponês sorriu e voltou a carga:
- Eu havia lhe dito, ela virou galinha!
- Não, respondeu firmemente o naturalista. - Ela é águia e possui sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para o alto de uma montanha. O sol estava nascendo e dourava os picos das montanhas.
O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia, como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então, o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, de sorte que seus olhos pudessem se encher de claridade e ganhar as dimensões do vasto horizonte.
Foi quando ela abriu suas potentes asas.
Ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto e voar cada vez mais para o alto.
Voou. E nunca mais retornou."

"Existem pessoas que nos fazem pensar como galinhas. E ainda até pensamos que somos efetivamente galinhas. Porém é preciso ser águia. Abrir as asas e voar. Voar como as águias. E jamais se contentar com os grãos que jogam aos pés para ciscar.”


terça-feira, 24 de agosto de 2010

CAFÉ FILOSÓFICO

Para quem assistiu ao filme 2001 uma Odisséia no Espaço pode ver um dos maiores clássicos do mundo cinematográfico. A histórica cena ao mostrar o homem das cavernas e sua descoberta do fogo é emblemática, ele joga para o céu sua tocha em chamas... e, acredite: o mundo jamais foi o mesmo. Desde as primeiras faíscas da descoberta até o mundo das teses futurísticas do físico inglês Stephen Hawkins, muita coisa mudou mesmo nada tendo mudado.


Nós, seres humanos, somos seres fantásticos. Ao olharmos para a curva do conhecimento veremos que nunca evoluímos tanto como nos últimos cinqüenta anos. Sonhamos com a Lua e fomos à Lua; saímos dos computadores do tamanho de uma sala, passamos pelos portáteis e chegamos aos super-chips, versões minúsculas dos supercomputadores. Mudamos. Criamos. A Biologia que o diga, aliás, ela é coisa do passado, sem falar da Medicina, evoluiu também, a moda agora é a Biomedicina, a Engenharia Genética... O corpo tem dono. Isso terá fim?

Desde o homem de neandertal tudo ou quase nada mudou. Ainda temos aquela marquinha dentro de nós: a boa e velha curiosidade. Quem nunca foi pego pela vovó com a boca na butija por furto daquelas chipas, quentinhas, com queijo do bom e que só ela sabe fazer. Ou então dando aquela espiada na prova antes de seu início, cabulando a ordem do fiscal: Não abram a prova sem a autorização. Esses somos nós. Curiosos um dia, criativos no outro, o céu é nosso limite: tacape, roda, escrita em pergaminhos e até mesmo em papiros. Tecnologia, internet, computador, telas de plasma já são coisa do passado, mesmo sendo novidade pra maioria das pessoas, aliás, a moda agora é o LCD.

Fossem outras épocas, o que se esperaria dessa tal capacidade humana de criação seria uma grande pendenga. Platão há muito decretou em alto e bom som: ?a beleza está na criação e não na cópia?. Ah, Filosofia, andas pobre e nua, sozinha e solitária. Hoje, criar nem pensar, aprende-se no berço educacional que no mundo nada se cria, tudo se copia. Um absurdo! Afundamos a moral.

O século XXI está aqui, é o real, o agora. O Brasil se debate em cólicas sobre a questão dos trabalhos informais gerados pelo mundo do camelô. Ora, pirataria não é crime ou não seríamos nós os criadores dos camelódramos? A corrompida natureza humana se rende ao mundo ilegal e imoral, não produz, não cria, não inova; ao contrário, rende-se, vende-se tal qual quem tira a esperança, o sonho de melhorar o mundo através da capacidade inventiva. Patético! Resta dignidade ao país tropical? Provemos do sabor do desemprego de um lado e da tristeza da criação do outro.


No mundo globalizado a realidade é online, virtual, mas o real mantém os mesmo dilemas da época da vovó. Nada mudou no planeta café-com-leite, mantemos a essência humana, intacta, imexível como ensinou um ex-ministro do trabalho ao enterrar a gramática e criar o novo, diferente, mas convenhamos: novo. O espírito humano reflete exatamente o que somos: curamos os males do século, como a peste negra, mas não debelamos o mal do agora: a corrupção. O celular aproxima os homens, falamos em qualquer momento em todo lugar do planeta, mas nunca fomos tão afastados uns dos outros. Solitários e sozinhos num dia, tristes e egoístas no outro. Talvez seja o momento de pensar, refletir sobre tudo, até sobre nós. Morte aos torpedos! Exaltemos os abraços! Que tal num café com chipa?

                                                                                                                                                CEP

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A tartaruga, o escorpião e o problema da confiança.

Certa vez, numa bela e fria manhã de domingo, às margens do pitoresco riacho conhecido por Confiança, caminhava a tartaruga Gilda Frenética. Sua lentidão e a dificuldade de realizar algumas tarefas eram suas grandes marcas; era desengonçada, estranha e até mal vista pela maioria dos bichos da floresta. Naquele dia, a doce e estabanada figura mal imaginava o quanto um encontro inesperado mudaria sua vida.


Ao chegar às margens do rio, como por um passe de mágica, dela se aproximou um pequeno escorpião. Maquiavel era seu nome. Cara de mau, jeito de olhar fixo, tinha um ferrão imenso, daqueles de colocar medo em qualquer um, até mesmo em Calígula, o leão e chefão de todo o lugar.

─ Fala menina! ?Me dá uma carona??

A sábia tartaruga, com a pulga atrás das orelhas, simplesmente balançou calma e negativamente a cabeça e sinalizou:

─ Não sou doida, você vai me picar e matar. Veja o belo dia, seria hoje o dia de sentir o gosto da morte?

─ Hum! Nem pensa! Esbravejou a tartaruga, toda dona de si.

─ Nada disso, não seja inocente! Eu não sei nadar, sem sua ajuda e a força de seu casco, simplesmente eu me afogarei. Por que não acreditar?

Assim, Maquiavel deixou a decisão sobre seu futuro, nas mãos, ou melhor, nas costas do animalzinho mais complicado de toda a vizinhança.

A tartaruga refletiu, ponderou várias vezes, sempre com sua marca registrada: a rapidez. A decisão saiu antes do esperado. E, decretou:

─ Você tem toda a razão, caro escorpião!

─ Meu decreto está pronto: venha. Aprece-se, vamos para a outra margem, assim chegaremos ainda com a luz do sol ─ ambos entraram na água.

No meio do caminho, já pelas tantas nadadas, o clima de stress natural foi rompido. O inusitado aconteceu:

─ AI! Gritava feroz e desesperadamente a, agora ferroada, tartaruga.

─ Você me traiu. Tinha prometido! ? Ao longe se ouvia, cada vez mais baixo, as ponderações do inocente bichinho.

O escorpião, por sua vez, deixou-se levar pelo seu instinto assassino. Sua irracionalidade foi seu sepultamento e agora, também, o de Gilda Frenética. Ele, com lágrimas nos olhos e um amargo sorriso em sua face, gritava enquanto ambos afundavam: É meu caráter, eu não me controlei?.

A vida, muitas vezes imita um mundo de fantasias e sonhos. Quem quiser caminhar pelas águas da confiança, precisa aprender a dar valor ao caráter, aos bons exemplos e a credibilidade. Essas virtudes não nascem de promessas ou da conveniência, mas daquilo demonstrado todos os dias de nossas vidas
 
                                                                                                                                    C.e.p.